tomada de decisão

TOMADA DE DECISÃO: Qual a base?

Tomada de decisão é o quarto da série de artigos Liberando Potenciais. Produzido por Fulvius Guelfi e dirigido por Gerson Sena, co-fundadores da CFG Soluções Corporativas. Como o título da série já indica, existem potenciais da nossa mente que estão latentes e que podem ser despertados. Liberar esses potenciais é o caminho para a conquista da autorrealização de pessoas mais felizes e equilibradas principalmente em ambientes profissionais.

O segundo artigo “Satisfação no Trabalho” fala da a espiral negativa da insatisfação na carreira e como evitá-la.

O terceiro artigo “A Motivação no Trabalho” fala sobre dois elementos que impactam diretamente seu nível de resultados.

A tomada de decisão é algo significativo para todos nós, tanto na vida pessoal quanto profissional. Então, para você  que é líder, que diariamente toma decisões, isso é ainda mais impactante na sua carreira. Existe um estilo pessoal que é a base para tomada de decisão. Você sabe como o seu estilo pode influenciar na sua decisão e que consequências pode trazer para o seu trabalho?  Continue lendo este artigo para descobrir com o qual você mais se identifica. 

O comportamento das pessoas na tomada de decisão

Enquanto muitas empresas são abertas a cada ano, no Brasil 39,8% delas não resistem ao quarto ano de vida, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Então, observe como as pessoas se comportam. Elas imaginam que poderia ser uma boa ideia abrir um negócio e muitos não se preparam com base em informações suficientes para isso. Então, vão lá e dão início ao empreendimento.

Estilos de tomada de decisão

Assim como as pessoas que decidem abrir o seu negócio com base no que pensam ou sentem a respeito das oportunidades, você como líder, também toma decisões importantes diariamente. E não há nada de errado decidir a partir de suas percepções, sentimentos e pensamentos a respeito das coisas. Porque em alguns ramos de atividade isso é super importante e gera um ambiente de muitas alternativas, controlado pelos sentimentos, onde a inovação é sempre bem vinda, de pessoas engenhosas e imaginativas. Nesse caso, o grande desafio está em ter a precisão das informações e eliminar os riscos. Quantas vezes você achou que era muito chato coletar e analisar os dados e decidiu pela sua intuição e experiência?

Por outro lado, se como líder, a sua base para tomada de decisões são os fatos, coletados em dados precisos, também não há nada de errado nisso. Porque manter os processos funcionando, sem a interferência de ideias mirabolantes, palpites infundados ou intraempreendedores para fazer testes é tudo que você mais quer e se preocupa. Quantas vezes você decidiu com base exclusivamente nos dados levantados embora tivesse uma intuição ou sensação diferente a respeito da situação? Nesse ambiente, de coisas mais concretas e pensamento dentro da caixa, o grande desafio é descobrir novas e melhores formas de se fazer as coisas, inovar.  

Alternativas arriscadas

No entanto, intuir leva a um leque de alternativas. Assim, é preciso acertar com subjetividade qual é a melhor delas. Porque essa é uma excelente forma de expor decisões a um elevado grau de risco.

De outra forma, restringir as tomadas de decisão a um processo puramente lógico, também inclui riscos. Assim, alternativas melhores ao processo instituído podem estar passando despercebidas. Oportunidades para pequenas evoluções muito importantes podem estar sendo perdidas. Se por um lado dá a sensação de segurança ao processo de tomada de decisão, por outro o engessa.

Expansão voluntária

Todos os seres humanos são dotados da capacidade de aprender, desaprender e reaprender, é algo natural e inerente à curiosidade humana. Através dessa característica é possível nos treinarmos a novos modos de fazer as coisas. 

Com base nisso, a série Liberando Potenciais é sobre a capacidade de liberar os potenciais que tornam as pessoas mais satisfeitas e equilibradas em seu ambiente de trabalho. Em todos os casos os relacionamentos não são fonte dos problemas e sim a comunicação estabelecida ali é que pode ser otimizada.

A boa notícia é que podemos expandir esses padrões aprendidos e que podem realmente estar nos limitando sem percebermos, tornando-os flexíveis, de acordo com o contexto específico. 

Existe um aprendiz em todas as pessoas. E você também pode treinar algumas habilidades que vão te tirar dessa situação, através de um processo simples. Imagina só se tudo isso se resolver a partir de recursos que você já possui, despertando e liberando o seu potencial?

O passo a passo para flexibilizar seu estilo

Todos nós podemos treinar nossa intuição e usá-la de forma eficiente para perceber as coisas ao nosso redor. Somos muito bons nisso e talvez você se reconheça aqui. Por outro lado, também aprendemos a compreender a realidade através de dados mais empíricos, constatações e mensuração. Podemos ser hábeis com isso e agora talvez você se perceba mais nesse estilo.

Em geral, nós temos preferência por um ou por outro estilo, raras são as pessoas que têm o domínio dos dois ao mesmo tempo. No ambiente de trabalho, objetivamos a busca por uma produção criativa de resultados. Ou seja, é importante aprendermos a ter equilíbrio entre esses dois aspectos da percepção.

Preparado para expandir seu conhecimento e aprender algo novo?

Vamos lá!

  • Subjetivo Interno

      1. Lembre-se de um momento em que você tomou uma decisão importante. Procure nessa lembrança em que você se baseou, onde você se apoiou, que te fez tomar essa decisão. Utilize essa lembrança para seguir os passos a frente.
      2. Se a sua base para tomada de decisão tiver um viés mais subjetivo, como sentimentos, desejos, percepções pessoais, envolvimento, aspectos qualitativos, então perceba que a sua preferência é interna.
      3. Muito bem, você está tomando consciência de algumas coisas nesse momento. Então aproveite e lembre-se também de uma outra decisão que ao contrário foi tomada com base em fatos, em informações externas e que não dependem da sua opinião. 
  • Objetivo Externo

    1. Novamente lembre-se de um momento em que você tomou uma decisão importante. Procure nessa lembrança em que você se baseou, onde você se apoiou, que te fez tomar essa decisão. Utilize essa lembrança para seguir os passos a frente.
    2. Por outro lado, a partir da primeira experiência, se você percebe que a sua base para tomada de decisão tem um viés objetivo, com base em dados, principalmente externos, modelos preditivos, estatísticos, quantitativos, mensuráveis, recorrentes, então a sua preferência é externa.
    3. Agora, você deve estar ficando consciente de algumas coisas novas. Aproveite e lembre-se de uma decisão que você tomou com base na sua opinião pessoal, que apesar de ter fatos disponíveis você formou sua opinião para tomar a decisão mais acertada.

Tá certo, você ficou desconfortável nessa primeira vez, isso é natural, você está mais acostumado a um estilo e as dicas acima estão propostas de uma forma que facilite a sua experiência a partir de um outro ponto de vista e isso, em geral, é desconfortável no começo.

Com o tempo e principalmente com a consciência de que este processo existe, cada vez que você utilizar as dicas acima seu resultado sairá melhor e com mais conforto para você.

Seu estilo, sua força para tomada de decisão

Como você mesmo pode perceber, não existe nada de errado em preferir um estilo ou outro de tomar suas decisões. Aliás, é muito provável que este seu estilo seja um dos grandes responsáveis por você ter alcançado tudo que conseguiu até hoje.

Você não precisa trocar de estilo decidindo por um ou por outro. A palavra de ordem é agregar. Assim, com as dicas compartilhadas, suas decisões podem ser ainda melhores do que já são se você implementar os passos acima.

Como você percebeu, estamos falando de uma otimização da base para a tomada de decisão. Com isso, você foi desafiado a refletir até aqui sobre a possibilidade de escolher mais de um estilo de decisão. E ainda, possuir uma informação mais completa e refinada que poderá te guiar para as escolhas mais ágeis e acertadas.

De fato, é um presente.  Aproveite ao máximo.

 

Deixe um comentário

Rolar para cima