O PODER DA RESPONSABILIDADE
O Poder da Responsabilidade é o quarto da série de artigos Armadilhas da Mente, produzido por Gilberto Chaves e dirigido por Gerson Sena, co-fundadores da CFG Soluções Corporativas. Como o título da série já indica, existem algumas armadilhas da nossa mente que dificultam determinadas habilidades na nossa vida pessoal e principalmente profissional.
Neste artigo, descubra um dos principais padrões de pensamento que tira seu poder de ser responsável. E como resolver isso em quatro passos muito simples.
Os inúmeros papéis
No mundo corrido em que vivemos, é comum a sensação de que o dia está curto. Ou seja, não dá para fazer tudo, não é mesmo? São muitos papéis para uma só pessoa. Assim, temos o papel de pais, de cônjuge, de amigo, de líder na empresa, de vizinho… Não é fácil cumpri-los 100%. Uma coisa ou outra escapa. É natural!
Um elemento comum na responsabilidade
Enquanto isso, sabe o que existe em comum entre você não ter pintado a sala, não ter trocado aquela lâmpada queimada da garagem, não ter terminado o relatório para o seu chefe, não ter iniciado aquela dieta que você sabe que precisa, não ter ligado para o seu melhor amigo para dizer olá e ter esquecido completamente o aniversário do seu amor? Sabe qual é o ponto em comum entre tudo isso?
A desculpa.
Receita da Vovó sobre a responsabilidade
A minha avó costumava dizer que quando se quer, se arruma um jeito, quando não, se arruma uma desculpa. Assim, a desculpa se torna um “problemão” quando vira um hábito em nossas vidas.
Imprevistos acontecem com qualquer um. No entanto, a danada da desculpa começa ali, devagarzinho, surge aqui, aparece ali… E um belo dia, se torna responsável pelos fracassos e as não conquistas de resultados. Nesse ponto, a vaca já foi para o brejo junto com a responsabilidade. Porque, a partir daí, o poder passa a ser todo delas, as desculpas.
Agora, você pode está se perguntando, que história é essa de poder? Então, de onde surgiu isso?
Aqui está o ponto onde a nossa mente nos coloca em uma armadilha. O hábito de encontrar desculpas, motivos pelos quais não conseguimos realizar as coisas, nos leva à transferência de responsabilidade.
Agora me diga, quantas vezes você não conseguiu fazer o que queria e se sentiu vítima de tais motivos? “Eu ia tão bem, vem o cara e corta o meu barato!” Quantas vezes você se sentiu furioso com tais motivos por te atrapalharem? “Eu contava com isso pronto, como você pôde fazer uma coisa dessas comigo?”
Isso mesmo. Nesses momentos tudo o que você fez foi transferir sua responsabilidade para esses motivos. Mesmo que o motivo tenha sido outra pessoa, a responsabilidade ainda era sua.
Como? Então, você está me dizendo que o que acontece com você não está mais sob o seu controle ou responsabilidade? Além disso, com esse tipo de pensamento a pessoa tende a procurar culpados em lugar de soluções. E definitivamente esse não é o tipo de pensamento de líderes de alta performance, por exemplo.
Calma que ainda existe esperança
Então, o que fazer para sair desse pensamento acusatório que transfere a responsabilidade pelo problema para outra coisa ou pessoa? Felizmente, qualquer um pode aprender a mudar esse tipo de pensamento, com a prática.
O que fazer para superar o problema
Aqui estão quatro maneiras de começar.
Primeiro
─ Pergunte a si mesmo: Sobre o que sou responsável? Essa autoanálise, portanto, te ajuda a reassumir o senso de responsabilidade sobre as coisas.
Segundo
─ Prosseguindo: Esta é uma resposta que outra pessoa pode dar ou apenas eu? Assim, estará checando se a responsabilidade é unicamente sua ou pode ser compartilhada com mais alguém. Em alguns casos, você não precisa ser o único decisor.
Terceiro
─ Em lugar de se concentrar no nome que você deu ao problema, qual é o processo, que revela a sucessão de eventos para a solução do problema? Que alternativas tenho que produzem os resultados desejados? Assim, tira-se o foco do problema e abre sua mente para possíveis soluções.
Quarto
─ Último, porém não menos importante: Como o processo todo funciona? Quem está envolvido nele? Desenvolver o pensamento e a visão sistêmica ajuda a distribuir prioridades e a desenvolver trabalhos em equipe.
Assuma seu poder
Por fim, reserve um momento para refletir: Estou buscando desculpas ou realmente tentei e ainda não consegui? Portanto, assuma para si apenas aquilo que realmente está em seu poder. A opinião sincera de um colega também pode ajudar. Então, pergunte a ele: Isso lhe parece uma desculpa ou uma forte razão? Tenha em mente, então, o que a minha avó costumava dizer: Quando se quer, se arruma um jeito, quando não, se arruma uma desculpa. Uns vão dizer que você tem sorte porque consegue tudo, mas você sabe que o que tem mesmo é o poder da responsabilidade.
Pense nisso, entre em ação e aproveite ao máximo!
