Identidade

Identidade: Ser e Fazer

Identidade: Ser e Fazer

Identidade: Ser e Fazer é o décimo quarto da série de artigos Armadilhas da Mente. Produzido por Gilberto Chaves e dirigido por Gerson Sena, co-fundadores da CFG Soluções Corporativas. Como o título da série já indica, existem algumas armadilhas da nossa mente que dificultam determinadas habilidades na nossa vida pessoal e principalmente profissional.

Neste artigo, descubra o principal padrão de pensamento que confunde a identidade com aquilo que se faz que, em alguns casos, pode até condicionar a autoestima em função dos resultados obtidos.

As pessoas e suas identidades

Meu chefe é um cara legal! Porque precisei me afastar do trabalho por uns dias para resolver um problema particular e percebi que ele é compreensivo. Agora preciso retribuir porque ele é bem exigente também. Já me passou até uma lista de prioridades. Então, já vou indo porque não quero reencontrar o chefe furioso.

Criando identidade

O Guilherme é o ícone do RH. Ele se envolve, de forma proativa, em todos os assuntos do departamento. Sim, se o assunto for manutenção, é só falar com senhor Antônio que ele resolve. Mas, é difícil falar de produção sem a presença do Henrique na conversa, o cara mais parece um computador para processar informações.

Assim, associamos as pessoas ao que elas fazem, o tempo todo, não é mesmo?

O que você faz? Em que você trabalha? Normalmente, é o que perguntamos quando conhecemos alguém, a princípio apenas para iniciar uma conversa, que acaba nos ajudando a formar uma imagem da pessoa.  Ao fazer isso, principalmente em um ambiente corporativo, talvez a resposta ajude a encaixar a pessoa no organograma da organização que se tem em mente.

Dando identidade às pessoas

E a partir de então, possa ser dado a ela status e todos os outros atributos em função do que ela faz. E portanto, agora sim, a pessoa tem uma identidade. Fulano de Tal da organização X.

Não é assim que funciona com fornecedores, parceiros e clientes também?

Em muitos casos essa identidade é tão forte que a própria pessoa a assume e se identifica como tal.

Ocorre que quando, por algum motivo, a pessoa deixa a organização, se sente perdida, sem identidade. Então, é uma coisa lógica. Afinal, a pessoa era o que fazia. E se não faz mais, então quem é ela?

Mas, até que ponto essa identidade é real? Além disso, até que ponto essa forma de pensar nos ajuda?

Aqui está uma das armadilhas da nossa mente. Confundir o ser com o fazer.

Tem solução para essa confusão

Felizmente, existe uma maneira de superar esta armadilha do pensamento. Vou te contar um segredo: Nós não somos o que fazemos.

O que fazer para separar a identidade do fazer

Aqui está uma maneira de começar. É um grande erro tratar as duas coisas, ser e fazer, como se fossem a mesma. Usando o verbo “Ser/Estar” para criar identificações do tipo: “Ele é”, “Ela é”, “Eles são”.

Primeiro

– Um ambiente corporativo competitivo pode nos levar a ter um raciocínio de processos, onde as pessoas se encaixam como engrenagens de um grande sistema. No entanto, o grande equívoco está em considerar a identidade das pessoas e o trabalho que elas fazem como sendo coisas inseparáveis.

O fazer está relacionado aos papéis que precisamos assumir e desempenhar de acordo com a circunstância ou ambiente que estamos inseridos.

Segundo

– Identidade e ações estão em níveis diferentes. Uma mesma pessoa pode atuar como membro de equipe de trabalho, como pai de seus filhos, como marido, como filho. Observe que se trata da mesma pessoa e suas ações e comportamentos não devem comprometer quem ela é.

Terceiro

– Não basta fazer estas distinções. Se trata de não ter sua autoestima abalada pela autoconfiança, sua autodefinição condicionada por sua eficácia, quem você é em função de seus resultados ou pelo que você faz.

Seu desafio é manter sua identidade separada dos resultados

Portanto, agora você sabe que “vestir a camisa da empresa” não significa ter que mudar quem você é. Se trata de atitude, ação. Não é o que você faz que determina quem você é. Você está acima de suas atitudes e comportamentos. Você é mais valioso do que o que você faz. Seu desafio daqui em diante é observar se seus resultados interferem em quem você é e separar esses dois conceitos como coisas distintas. Quem você é, portanto, é algo inabalável em relação ao que você faz. São como água e óleo.

Pense nisso, entre em ação e aproveite ao máximo!

 

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