DESENVOLVENDO POTENCIAIS HUMANOS
Desenvolvendo potenciais humanos é o terceiro da série de artigos Armadilhas da Mente. Produzido por Gilberto Chaves e dirigido por Gerson Sena, co-fundadores da CFG Soluções Corporativas. Como o título da série já indica, existem algumas armadilhas da nossa mente que dificultam determinadas habilidades na nossa vida pessoal e principalmente profissional.
Neste artigo, descubra um dos principais padrões de pensamento que te atrapalham fazer conexões com as pessoas e trabalhar no desenvolvimento de potenciais humanos.
Se preferir, você pode assistir a versão deste conteúdo em vídeo.
Imagine a seguinte situação
Aqui na empresa eu sou responsável por organizar os eventos de final de ano. Então, preciso ver os setores da empresa envolvidos com cada item, dos convites a premiações, da previsão a aprovação recursos financeiros, passando por fornecedores. Depois coloco isso num cronograma e valido com a diretoria. Na sequência, preciso colocar tudo isso em prática. Nossa! Quanto trabalho! Será que não estou me esquecendo de nada?
Um recurso muito utilizado
Acabei de falar de um exemplo onde se agrupa e classifica coisas para facilitar o entendimento e a organização delas. Utilizamos este recurso intuitivamente no nosso trabalho, nossa vida e nossos pensamentos. Porque, na comunicação a classificação é essencial ao fazermos referência às coisas, como pode perceber no exemplo inicial.
Logo, nossa mente classifica objetos, situações e até pessoas, consciente ou inconscientemente e para todos os tipos de propósitos. É um processo tão natural e automático que não dá para imaginar como seria nossa vida sem esse recurso.
É provável que você tenha experimentado esse recurso sem se dar conta da última vez que mudou de endereço e embalou suas coisas para a mudança.
Quando a solução passa a ser o problema para o desenvolvimento de potenciais humanos
No entanto, você pode estar se perguntando agora o que há de errado em classificar as coisas? E de fato não há nada de errado nisso. Quem inventou esse negócio de classificar as coisas deve ser um gênio porque isso facilita muito nossas vidas. Ocorre que a partir desta habilidade, estamos prontos para cair na armadilha de classificar tudo e desenvolver um padrão de pensamento em que assumimos que um nome ou um rótulo possa definir com precisão e adequadamente as coisas.
Rotular é o mesmo que colocar tudo em uma caixa e assumir que o conteúdo dela se resume ao que foi classificado, escrito na etiqueta. Principalmente com relação às pessoas, não é assim que funciona.
Como o recurso limita o desenvolvimento de potenciais humanos
Por mais preciso que tenha sido feito a rotulagem, ela se aproxima do entendimento apenas de quem elaborou o rótulo, naquele momento. E, portanto, isso nem sempre reflete a realidade. Quando se trata de desenvolver potenciais das pessoas, antes de tudo, é preciso conhecer o que existe por trás do rótulo.
Felizmente, existe uma maneira de evitar que, ao classificar ou rotular tudo, se caia na armadilha da mente de comprar o conteúdo pelo rótulo.
Uma possível solução
Aqui está o que precisa ser feito.
Passo 1
─ Investigue, com perguntas como: Se trata simplesmente de um rótulo ou de uma palavra? Assim, a nossa busca por significados precisa ser contundente pelo que existe por traz de uma palavra ou termo. Ele condiz com o significado? O significado condiz com o seu entendimento sobre o que foi rotulado?
Passo 2
─ Explore: De que maneira isso é ruim ou bom? Em que contexto exatamente? As questões podem ser circunstanciais e em condições diferentes podem produzir resultados igualmente distintos. Funciona assim também em outro contexto?
Passo 3
─ Ao se deparar com um rótulo, busque pelo específico. Ao que está se referindo exatamente? Quando? Onde? Com quem? Assim, o exercício é chegar o mais próximo possível da realidade se desprendendo das classificações, termos e rótulos.
Seu desafio está aqui para seguir desenvolvendo potenciais humanos
Então, seguindo esses passos, você terá uma opinião própria e mais precisa das coisas, porque você fez seu dever de casa. Não se espante se forem muito diferentes das classificações iniciais. Você foi guiado, não pelo rótulo, mas pelo que experimentou de mais próximo da realidade. Agora você é capaz de ver além de uma mera classificação.
Assim, um último desafio permanece. Que é, acima de tudo, o de estar alerta e não comprar o conteúdo da caixa apenas pela etiqueta. Essa foi uma contribuição para a vasta e complexa arte do desenvolvimento de potenciais humanos.
Pense nisso, entre em ação e aproveite ao máximo!