DOMINANDO EMOÇÕES NO TRABALHO
Dominando Emoções no Trabalho é o sétimo da série de artigos Armadilhas da Mente. Produzido por Gilberto Chaves e dirigido por Gerson Sena, co-fundadores da CFG Soluções Corporativas. Como o título da série já indica, existem algumas armadilhas da nossa mente que dificultam determinadas habilidades na nossa vida pessoal e principalmente profissional.
Neste artigo, descubra como dominar suas emoções evitando que elas te dominem. Existe um limite saudável para o uso das emoções em ambientes de trabalho.
As emoções
Por mais que eu tente, não consigo simplesmente desligar um botão quando estou no trabalho para me separar das minhas emoções. Sinto que elas fazem parte de mim.
Como elas dominam
Sentir emoções é algo natural e faz parte de todo ser humano. Bem como, expressá-las revela maturidade e sanidade. O problema é quando elas aparecem e tomam conta da pessoa por completo. Por outro lado, de uma forma geral, as pessoas não estão preparadas para lidar com emoções, especialmente no ambiente de trabalho. E, portanto, não é adequado demonstrar os sentimentos de forma descontrolada. Porque isso poderia ser visto como uma falta de equilíbrio e, dessa forma, projetar insegurança nas pessoas daquele ambiente.
Quando emoções atrapalham
Há bem pouco tempo atrás, demonstrar emoções no ambiente de trabalho era considerado algo negativo. Felizmente, esse conceito vem mudando. O lado oposto a esse medo de se expor é justamente mostrar para as pessoas mais humanidade através das emoções. Existe um equilíbrio, um meio termo entre ser contido e expressivo que gera conexão entre as pessoas.
É como se a demonstração de certo grau de fragilidade, na rigidez profissional, fosse capaz de conectar mais as pessoas. Sim, pessoas reconhecem pessoas sendo pessoas. É assim que funciona.
Esse é o lado positivo de demonstrar sentimentos. O curioso é que a prática dele pode nos levar para o lado negativo de viver as emoções. E isso se torna verdadeiramente prejudicial quando as emoções dominam a pessoa.
E aqui está uma das armadilhas da nossa mente. Agir com base nos sentimentos. Ou seja, orientar-se pelas emoções como uma fonte infalível da realidade, assumindo que sentir uma emoção a torna real.
Imagino que o dia de uma pessoa dominada por seus sentimentos seja como uma montanha russa, cheio de altos e baixos. Como uma pessoa assim recebe as notícias de um telejornal, por exemplo? Tanto ela pode ter um dia de completa euforia porque seu filho passou de ano na escola, como tudo pode ir por água abaixo se seu superior chama-la a atenção no trabalho. Porque, basta uma intuição para disparar “Sinto que isso não vai dar certo”.
Existe solução
Existe uma linha limite entre demonstrar suas emoções, que de um lado gera mais conexão com as pessoas, e de outro, ao ser dominado por seus sentimentos, limita suas escolhas, cria um determinismo emocional, gera incertezas e insegurança ao seu redor.
E qual é a maneira de superar essa armadilha da mente e ter consciência de que estamos cruzando a fronteira? Antes, quero te contar um segredo. Segundo a Neurossemântica, as emoções são sintomas daquilo que acreditamos sobre as coisas. Ou seja, elas não são a causa e sim a consequência de algo que temos como verdade. Observe que ficamos felizes ou decepcionados se os fatos superam ou ficam abaixo das nossas expectativas. Felizmente, qualquer um pode aprender a dominar suas emoções, com a prática.
O que fazer para ficar consciente
Aqui está uma maneira de começar.
Primeiro
– Qual é a emoção que toma conta de você, e que a partir dela você está baseando suas ações? Este é um passo de auto reflexão para que você identifique as emoções que tem como fonte infalível da realidade.
Segundo
– Dê um passo atrás e apenas observe. Suspenda qualquer julgamento a respeito da sua emoção e apenas observe. Faça apenas o testemunho do que é, dos fatos e atividades. Reconheça que, como ser humano, você tem emoções. Permita-se senti-las, sem avaliá-las, porque isso você fará no passo seguinte.
Terceiro
– Agora que você está bom em observar, talvez você queira brincar com as emoções e possa experimentar uma sobre a outra. Como seria achar graça da raiva, por exemplo? E raiva da raiva? E amar a alegria de se sentir saudável?
Seguindo esses passos, então, você poderá aumentar escolhas e opções, desenvolver o colorir das coisas pelas emoções e obter informações mais claras sobre elas, porém, dissociadas das emoções.
Seu desafio continua
Então, reserve um momento para refletir sobre a emoção que está sentindo. Enquanto isso, se você percebe que rompeu a linha limite em que você está no controle, apenas aprecie. Você já sabe, portanto, que sentir emoções é um presente valioso. Por outro lado, você não precisa ser tomado por elas. Por isso, admire e aprecia esta dádiva. Mais importante, é que você é quem ainda está no controle. É você quem domina esse dom tão maravilhoso de sentir e apreciar o que sente.
Pense nisso, entre em ação e aproveite ao máximo!